Amazonas conhece o boi campeão do Festival de Parintins nesta segunda-feira

Ontem (2), última noite do espetáculo, o Garantido, que foi o primeiro a entrar na arena, fez uma viagem sentimental na trajetória de lutas e glórias do Boi do Coração na testa.

Paulinho Faria, Emerson Maia, Maria Ângela e Dona Xanda (mãe de Lindolfo Monteverde) foram alguns dos importantes personagens do bumbá celebrados nesta noite. Toadas como “Mapinguari”, de 1997, e Coração de Batuqueiro, de 2004, clássicos encarnados, emocionaram a galera do boi vermelho e branco.

Nesta terceira parte, o brado do Caprichoso reclamou os “saberes e fazeres” dos povos da Amazônia expressos na cultura popular, bradando que, enquanto houver opressão, haverá resistência e que o saber popular deve ser usado como arma contra a intolerância, os racismos, os preconceitos e repressões de toda a sorte.

O bumbá levou à arena quatro alegorias com altura média de 22 metros, além dos módulos levados por guindaste à encenação folclórica, que potencializam a altura das alegorias.

Apesar da chuva e do problema com os equipamentos de som, o bumbá conseguiu fazer uma apresentação tranquila.

A apuração do 56º Festival Folclórico de Parintins acontece nesta segunda-feira (03), a partir de 14h, no Bumbódromo. Nove jurados avaliaram os bumbás Garantido e Caprichoso.

Confira mais informações com o repórter Carlos Alexandre:

Nesse sábado (1º), segunda noite do 56º Festival Folclórico de Parintins, o Garantido apresentou a diversidade como mecanismo para proliferação e manutenção da vida.

Com uma noite pulsante e diversidade de cores, a galera vibrou ao som de clássicos do Boi do Povão e, também, da toada que leva no nome o tema do bumbá neste ano.

No decorrer da apresentação, a cantora Márcia Siqueira versou junto com o Amo do Boi, João Paulo Faria, um momento de muita emoção para a galera vermelha e branca. No momento da evolução da Sinhazinha da Fazenda, Valentina Coimbra, um balé de homens e mulheres com saias acompanhava a filha do Dono da Fazenda, colocando em prática o discurso sobre diversidade proposto pelo bumbá.

O boi Caprichoso encerrou a segunda noite com o espetáculo “Resistência: a força da nossa existência” que integra o tema deste ano “O Brado do Povo Guerreiro”.

A segunda noite teve mais quatro alegorias e módulos aéreos que trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá. O diretor de Arena do boi azulado, Edwan Oliveira, acredita que o Caprichoso está mostrando um trabalho de qualidade

Como Lenda Amazônica, o Caprichoso apresentou O “Veleiro Cabano do Uaicurapá”, onde os artistas exaltam a resistência das mulheres amazônidas pelas lutas contemporâneas do povo cabano.

A Figura Típica Regional, reverenciou os Quilombolas da Amazônia. O público também se emocionou com o Ritual Indígena com a Iniciação Masculina Munduruku Marupiara, que marca a entrada dos futuros guerreiros.

Com informações do Governo do AM

Imagens: Divulgação/Governo do AM