O desmatamento no Amazonas apresentou números alarmantes em setembro 2021. De acordo com o Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – o Estado registrou um aumento de 71% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Foram 261 KM² de faixa devastada, o equivalente a 4 mil campos de futebol. Esses dados representam 21% da área desmatada na Floresta Amazônica, perdendo somente para o Pará, que teve 39% nesse período. O Sul do Amazonas é a região mais afetada.
Diante deste cenário, o Amazonas foi oficialmente habilitado, na última semana, para o acesso e captação de pagamentos por resultados de redução de emissões provenientes do desmatamento. A aceitação passou pela Comissão Nacional para REDD+ – Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Floresta. De acordo com o chefe da pasta do meio ambiente do Estado, Eduardo Taveira, representa a possibilidade de um aprimoramento a política de serviços ambientais.
Para integrar o sistema nacional, o Amazonas precisou atender a uma série de critérios e utilizou algumas de suas ações como destaque nesse processo. É o caso da regulamentação da Lei de Serviços Ambientais e Mudanças Climáticas do Estado, a adesão à campanha Corrida ao Zero que tem como meta zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e por fim o Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas que tem como meta 15% de redução do desmatamento até 2022. O secretário Eduardo Taveira relata que este plano de combate ao desmatamento está na terceira fase e tem metas definidas.
O chefe da pasta do meio ambiente do Amazonas participa da COP 26. Quando questionado sobre ir ao evento no momento em que o Estado apresenta um aumento no índice de desmatamento, ele destaca que esta não é uma realidade apenas do Amazonas, mas da região amazônica.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar