O Amazonas apresenta pelo menos 120 mil pessoas com algum grau de deficiência visual, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, grande parte desta população apresenta algum tipo de deficiência ainda na adolescência.
A inclusão de pessoas com deficiência visual foi o principal motivo de um grupo de estudantes da Escola Estadual Homero de Miranda Leão, localizada na Cidade Nova, zona Norte de Manaus, produzirem um boné automatizado que detecta objetos a até 60 metros de distância, como explica o professor de matemática e coordenador do projeto, Ivan Viana.
”Esse 60cm foi a gente que programou, a parte do software da formação a gente programou 60 cm, por exemplo a gente programou uma distância e verificamos testando na prática que a pessoa poderia se bater, então 60 cm foi uma parte assim que a gente trabalhou também, essa parte da distância”, destacou o professor.
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Segundo o professor, a ideia surgiu por conta de um estudante da escola com baixa visão ter dificuldades para se locomover. Foram usados na confecção do equipamento: arduino, bateria, sensor ultrassônico, buzzer (dispositivo para geração de sinais sonoros), fios e linhas de algodão, além de um computador auxiliou para programar toda a tecnologia explorada na pesquisa. Ao todo, cinco alunos participaram das atividades e todos da 2ª série do Ensino Médio, Leonir Neto faz parte da equipe, e explica sobre a importância da ação.
”Eu tô gostando de fazer parte dessa incentiva, o professor ensinou um pouco da informática e um pouquinho de mecânica para a gente, e eu gostei muito, tanto do projeto como para ajudar as pessoas”, disse o aluno.
O projeto foi contemplado pelo Programa Ciência na Escola. O programa é uma ação criada pela Fapeam direcionada à participação de professores e estudantes de escolas públicas estaduais do Amazonas e municipais em projetos de pesquisa científica e de inovação tecnológica a serem desenvolvidos nas escolas. A construção tecnológica garante inclusão, e agora o grupo quer desenvolver um projeto para pessoas com baixa audição, como explica o professor Ivan Viana.
”Agora a gente tá pensando em um protótipo, para pessoa que tem pouca audição, então o próximo passo é trabalhar com esse protótipo”, destacou o professor.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar