A fome avança cada vez mais rápido pelo Brasil. Um levantamento aponta que o país soma atualmente cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020. Em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país. Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
De acordo com o Mestre em Ciências Sociais, Padre Adriano Luís Hahn, o problema da fome não é algo novo, e com a pandemia, o número de pessoas que enfrentam dificuldades para se alimentar se agravou.
Em média, considerando todas as regiões do país, 3 em cada 10 famílias relatam redução parcial ou severa no consumo de alimentos. No Norte e Nordeste, são 4 em cada 10 famílias; Centro-Oeste e Sudeste, 3 em cada 10, e Sul, 2 em cada 10. As formas mais severas de insegurança alimentar (moderada ou grave) atingem fatias maiores da população nas regiões norte (45,2%) e nordeste (38,4%). Dados de um estudo realizado pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), indicam o avanço preocupante da fome no país. Em contexto de pandemia, piora na crise econômica e com a falta de políticas públicas efetivas direcionadas, o número de domicílios com moradores passando aumentou.
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De acordo com o Mestre em Ciências Sociais, as autoridades podem e devem adotar medidas para minimizar a problemática e assim, garantir direitos básicos.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar