A seca do Rio Negro já deixou mais de sessenta comunidades tradicionais isoladas na zona rural de Manaus. Os moradores dessas localidades enfrentam muitos desafios para sair de casa. O primeiro deles é as longas distancias de caminhada, porque onde tinha água até pouco tempo, agora virou lama. Se locomover de um lado para o outro ficou muito difícil, afirma o Professor Raimundo Cruz.
E durante a durante essa estiagem, profissionais de saúde têm enfrentado dificuldades para realizar atendimentos nos lugares mais distantes da capital. As unidades de saúde fluvial da Prefeitura de Manaus não conseguem navegar pelo leito do Rio. Essa embarcações são obrigadas a ancorar em locais seguros. Nesse caso são os ribeirinhos que vão à procura do serviço médico, como explica o agricultor, Nonato Santos.
Quem não tem como buscar a ajuda na unidade de saúde fluvial fica esperando por um atendimento em casa. Esse atendimento de saúde em domicilio é agendado para pessoas com mobilidade reduzida que não conseguem sair de casa. É o caso dos idosos não conseguem enfrentar os efeitos da vazante do Rio. Nesse caso, os agentes de saúde vão até a residência deles realizar o atendimento, como afirma Manoel Assis, que é agente comunitário de saúde.
Para realizar o atendimento médico em domicílio, nesse período de estiagem severa, tem se tornado um desafio para os profissionais de saúde, que tem que caminhar longas distancias debaixo de sol escaldante. Subir e descer ladeiras e também é preciso encarar as poças de lama no meio do caminho, como explica a enfermeira, Maria do Socorro Alencar.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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