O Amazonas registrou 4.691 casos de violência contra a mulher, a maioria na faixa etária dos 10 aos 14 anos (26,1%). Os dados são do ano de 2022 e estão em um relatório produzido pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP).
Segundo a publicação, o tipo de violência que as mulheres mais sofrem no estado é a física (39,3%), seguida de sexual (21,5%) e da psicológica moral (11,2%), como explica a delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher.
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As ações tomadas para solucionar esses problemas ainda são recentes, mas já mostram resultados. De acordo com a delegada, a Lei Maria da Penha, criada em 2006, é um dos passos dados em direção à eliminação da violência doméstica de gênero.
Como meio de auxiliar e acolher essas vítimas, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) dispõe da Casa Abrigo Antônia Nascimento Priante, um espaço que oferece refúgio, em um endereço sigiloso para manter a integridade das assistidas e de suas famílias.
O local oferece atendimento social, jurídico, psicológico e pedagógico, com atividades recreativas, palestras e rodas de conversas que envolvam o combate à violência contra a mulher. Todas que passaram pelo local obrigatoriamente tiveram como porta de entrada o Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem). No Sapem as mulheres passam pela triagem, onde é verificada a necessidade de encaminhamento e permanência na Casa Abrigo.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar