O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) concedeu aposentadoria antecipada e com salário integral de R$ 42,3 mil ao promotor de justiça Walber Luis Silva do Nascimento, acusado comparar a advogada Catharina Estrela a uma ‘cadela’ durante audiência no Tribunal do Juri de Manaus, no dia 13 de setembro.
O ato foi publicado no Diário Oficial do MPAM da última quarta-feira (27/10).
De acordo com o documento, a aposentadoria foi concedida por tempo de contribuição, com salários integrais e paridade com a remuneração dos servidores ativos, que ocupam cargo igual àquele ocupado pelo promotor.
O MPAM detalha que o valor é composto pelo subsídio de R$ 37.710,46, mais R$ 4.635,06 de ‘parcela de irredutibilidade’, totalizando R$ 42.345,52 por mês.
O promotor Walber Luís Silva do Nascimento já tinha sido afastado cautelarmente das funções pelo corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Oswaldo D’Albuquerque, no dia 18 de setembro.
Depois, no Diário Oficial da última quinta-feira (21), o subprocurador-geral de justiça para assuntos jurídicos e institucionais do MPAM, Aguinelo Júnior, concedeu 20 dias de férias ao promotor.
A Rádio Rio Mar perguntou ao MPAM por que o promotor foi aposentado compulsoriamente e qual é a idade dele? A reportagem também solicitou um posicionamento do promotor sobre ter sido aposentado compulsoriamente. Contudo, não houve resposta.
No entanto, no dia 14 de setembro, o promotor Walber Luis Silva do Nascimento divulgou uma “Nota de Retratação”, através da assessoria de comunicação do MPAM, com exatas 232 palavras, das quais nenhuma delas era a palavra ‘desculpa’.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Reprodução