Instituto Imazon aponta queda de 67% no desmatamento no Amazonas no 1º semestre

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta que o Amazonas reduziu em 67% o desmatamento no primeiro semestre de 2023 em comparação com o ano passado. O resultado é melhor do que os 55% de queda apontado pelo sistema de avisos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no mesmo período.

Aceiro 2023 em uma semana, operação combateu 12 incêndios florestais no sul do Amazonas semestre desmatamento

De acordo com o Imazon, o Amazonas perdeu 475 quilômetros quadrados (km²) de cobertura vegetal entre janeiro e julho deste ano. Em 2023, o desmatamento avançou por 1.440 km² nos primeiro seis meses.

Por outro lado, o sistema do Inpe mostra que o desmatamento no Amazonas foi de 553 km² no primeiro semestre de 2023 e de 1.236 km² no ano passado.

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Conforme o resultado divulgado pelo Imazon, na somatória da derrubada de floresta nos nove estados que compõem a Amazônia, o desflorestamento no primeiro semestre de 2023 alcançou 1.903 km², a menor área para o período desde 2018 e uma queda de 60% na comparação com 2022. Assim, o Amazonas teve resultado melhor do que a média geral.

Contudo, no ranking dos estados que mais desmataram em 2023, o Amazonas é o segundo colocado, atrás apenas do Mato Grosso.

Estado Desmatamento
1º semestre 2022 (km²)
Desmatamento
1º semestre 2023 (km²)
Variação
Mato Grosso 977 580 -41%
Amazonas 1440 475 -67%
Pará 1378 427 -69%
Rondônia 626 185 -70%
Roraima 74 112 51%
Maranhão 107 72 -33%
Acre 179 44 -75%
Tocantins 7 7 0%
Amapá 1 1 0%
Amazônia 4789 1903 -60%
Fonte: Imazon/2023

Desde o início do ano, o governo federal adotou uma política de ‘desmatamento ilegal zero’. Ao mesmo tempo, países como Alemanha e Estados Unidos voltaram a fazer repasses de dinheiro para o Fundo Amazônia.

No Amazonas, o governo do Estado manteve operações de combate a crimes ambientais, como a ‘Tamoiotatá’ e, no último dia 10 de julho, lançou a operação ‘Aceiro 2023’, para combater queimadas no sul do Estado, em municípios como Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré, considerados como o ‘arco do fogo’. O reforço é de 74 bombeiros militares, 10 viaturas, agentes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), brigadistas civis, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/CBMAM