Apenas dois agentes públicos foram indiciadas por crimes no Rio Abacaxis, em 2020

Em agosto de 2020, dois indígenas, dois policiais militares e quatro ribeirinhos morreram durante uma ação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Amazonas na região dos rios Abacaxis e Mari-Mari, entre Nova Olinda do Norte e Borba. Pelo menos duas pessoas estão desaparecidas, até hoje. E, após quase três anos dos assassinatos, apenas duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal: o ex-secretário de segurança pública do estado do Amazonas, Coronel Louismar Bonates, e o ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Ayrton Norte.

DOM LEONARDO STEINER, AMAZONAS, MANAUS

A organização ‘Coletivo Pelos Povos do Abacaxis’, que tem a participação de 17 organizações da sociedade civil, entre elas a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), acredita que os indiciados ordenaram os assassinatos, mas há outros envolvidos, como por exemplo, aqueles que mataram ou torturaram as pessoas da região.

Por isso, o Coletivo Pelos Povos do Abacaxis divulgou uma carta para cobrar Justiça, uma vez que até o momento ninguém está pagando pelos crimes, na forma da Lei.

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O arcebispo metropolitano de Manaus, Cardeal Leonardo Steiner, pede que a população se engaje na busca por justiça.

A Rádio Rio Mar questionou a Polícia Federal sobre os resultados das investigações, contudo não houve resposta. A reportagem não conseguiu contato com os citados Louismar Bonates e Ayrton Norte, mas deixa canal de comunicação aberto para posicionamento de ambos, através do telefone 92 3198-0900 ou do e-mail esporteriomar@gmail.com.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Arquidiocese de Manaus