Everaldo Santos é vendedor ambulante, a falta de renda fixa na casa ocupada por seis pessoas, reflete na dificuldade em abastecer a dispensa da sua residência com alimentos.
A família do seu Everaldo é um exemplo do inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da pandemia, que avaliou as formas leve e moderada, de quem não tem acesso constante a alimentos, e a forma grave, sem comida. Do caso da fome, o que se viu, foi um salto do final de 2020 para 2022, de 19 milhões para 33 milhões, ou 15,5% da população.
Os estados do Norte e Nordeste são os mais afetados, o detalhamento da pesquisa mostra que a insegurança alimentar e a fome, atinge mais os lares comandados por mulheres, é presente ainda nas famílias com renda menor que meio salário mínimo por pessoa. A pesquisa aponta ainda, a relação direta da falta de comida com endividamento das famílias, os números no Amazonas são altos, chegando a 52,6%.
De acordo com a nutricionista e pesquisadora da rede Penssan, Rosana Salles, a falta da alimentação correta acende um alerta para várias doenças que podem surgir.
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Diante desse quadro, o representante da pesquisa, Nilson De Paula, faz sugestões.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar