“Você já se perguntou em que tem que melhorar em sua vida, em que tem que se converter?… A conversão tem uma dimensão pessoal, mas também tem seu lado social, um lado que nem sempre é contemplado, o que nos desafia ainda mais a um compromisso maior e mais constante.”
Editorial, por Luis Modino
Queremos realmente nos converter? As oportunidades para mudar de vida, para deixar para atrás aquilo que nos leva a nos afastarmos de nosso ser, de nosso ser pessoas, sempre estão aí. É por isso que cada um, cada uma de nós tem que se questionar até que ponto queremos dar esse passo e entrar no caminho da mudança de vida.
Infelizmente, a gente faz parte de uma sociedade onde parece que nos empenhamos em aplaudir àqueles que fazem as coisas erradas. Ser boa pessoa virou sinónimo de gente besta e isso tem que nos preocupar como sociedade. Somos obrigados a ser boa pessoa como aquilo que é reconhecido e aplaudido. Só assim vamos poder fazer com que as novas gerações encontrem referências válidas para construir um mundo melhor para todos e todas.
O que a gente orienta para as crianças, para os adolescentes, para os jovens? Queremos que nossos filhos sejam boas pessoas ou incentivamos a malandragem, a esperteza? A Igreja nos oferece itinerários que nos ajudam a descobrir o que Deus quer de nós, e acima de tudo, Ele quer que sejamos bons do mesmo modo que Ele é bom.
Sentimos essa necessidade de sermos bons? Quando a gente não sente essa necessidade não se esforça para avançar nesse caminho, e não podemos esquecer que os passos são dados quando nos empenhamos para que isso aconteça. Sabemos que sempre é um desafio, mas os desafios são superados com empenho e determinação, com compromisso e superação.
Revista Arquidiocese em Notícias de Março
Você já se perguntou em que tem que melhorar em sua vida, em que tem que se converter? Uma conversão que tem a ver com sua vida pessoal, mas também com o modo de olhar os outros, de olhar a realidade da qual todos fazemos parte, de se relacionar com as pessoas, especialmente com aqueles que todos ignoram, com Deus, com a Criação.
É tempo de parar e pensar, de fazer escolhas, de procurar caminhos que nos conduzam a nós mesmos, mas também que nos conduzam àqueles que a vida colocou na beira do caminho. A conversão tem uma dimensão pessoal, mas também tem seu lado social, um lado que nem sempre é contemplado, o que nos desafia ainda mais a um compromisso maior e mais constante.
Não deixemos passar as oportunidades que a vida coloca em nossa frente para fazer escolhas que nos conduzam à vida em plenitude. As mudanças sempre nos ajudam a encontrar o rumo, a encontrar um caminho que nos permita encontrar o sentido para nossa vida e sobretudo a viver mais realizados, mais felizes.
Missionário espanhol e assessor de comunicação do Regional Norte 1 da CNBB*