Uma grande mobilização está sendo preparada para intensificar a oferta de serviços de prevenção ao câncer do colo do útero e chamar atenção da sociedade para o enfrentamento ao problema. As ações farão parte da campanha “Março Lilás”, realizada anualmente pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com abertura marcada para esta quarta-feira (1º/3), às 9h, no Parque das Tribos, no bairro Tarumã, na zona Oeste.
A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa, enfermeira Lúcia Freitas, explica que a campanha terá como foco principal a oferta do exame citopatológico do colo do útero, conhecido como exame preventivo ou Papanicolau, que permite a identificação precoce de sinais sugestivos da doença.
“Esse serviço é disponibilizado durante o ano inteiro em todas as unidades básicas da secretaria, mas nós vamos intensificar a oferta neste mês, a fim de garantir o acolhimento e atendimento de todas as mulheres que estão na faixa etária de risco para a doença, de 25 a 64 anos de idade. As usuárias devem realizar esse procedimento em dois anos seguidos, e se ambos os resultados derem negativo, elas devem fazê-lo a cada três anos”, informa Lúcia.
A programação do “Março Lilás” também contará com ações de educação em saúde e distribuição de materiais informativos sobre o câncer de colo de útero. Outro ponto importante da campanha é o incentivo à vacinação contra o HPV (Papilomavírus humano), pois a infecção pelo vírus tem potencial para evoluir para o câncer de colo de útero em alguns casos.
“A vacina contra o HPV é uma importante estratégia no combate à doença, e está disponível em todas as 171 salas de vacina da Semsa, para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade, e imunossuprimidos de até 26 anos. Os rapazes não vacinados podem acabar transmitindo o vírus no futuro, quando for iniciada a atividade sexual”, afirma a enfermeira.
Nas unidades de saúde, durante todo o mês, as usuárias devem buscar o exame preventivo portando RG, CPF e Cartão Nacional de Saúde (CNS) e no caso da vacinação, é preciso apresentar um documento oficial de identificação e a caderneta de vacinação.
“Nos quatro sábados do mês de março, teremos nove unidades abertas das 8h às 12h para fazer a intensificação desses serviços, em todos os Distritos de Saúde da cidade. Durante a semana, as mulheres que têm alguma ocupação durante o dia também podem procurar as UBSs de horário ampliado, que vão até 19h ou até 21h”, disse Lúcia, acrescentando que a lista com endereços e horários pode ser conferida no site semsa.manaus.am.gov.br.
Investigação
Lúcia Freitas destaca que o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero contribui com as chances de cura da paciente, visto que o tratamento será iniciado ainda nas fases iniciais da doença. A Atenção Primária é responsável pela coleta dos exames preventivos, ofertados conforme a capacidade diária de atendimento de cada unidade. Se a usuária não for atendida no mesmo dia, ela realiza o agendamento para a coleta no dia mais próximo.
“Quando surge uma lesão de alto grau, essa paciente é encaminhada via Sistema de Regulação, o Sisreg para realizar a colposcopia e a biópsia do colo do útero em uma das cinco policlínicas que realizam esses procedimentos em Manaus, sendo duas delas de administração municipal. O material é encaminhado para análise no laboratório do hospital Delphina Aziz, e o resultado é disponibilizado após cerca de 30 dias”, detalhou Lúcia.
A enfermeira observa, ainda, que o município tem avançado no acolhimento a essas mulheres, pois elas recebem todas as orientações e os encaminhamentos necessários para a investigação da doença, e posterior tratamento, em caso de confirmação.
“Quando o resultado está pronto, os profissionais da policlínica ligam para a usuária ir buscá-lo, e em casos positivos para câncer, ela é encaminhada via Sisreg para a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon). Se for uma lesão benigna, ela é acompanhada na policlínica por cerca de dois anos, realizando exames a cada seis meses, ou se for uma lesão leve, ela retorna para o acompanhamento na Atenção Primária”, informa Lúcia.
As usuárias que enfrentarem possíveis barreiras de acesso aos serviços podem registrar queixas e fazer denúncias na Ouvidoria Municipal do SUS, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone 0800-092-1603, WhatsApp (92) 98842-6835 e e-mail ouvidoria.sus@pmm.am.gov.br. Os canais também estão abertos para buscar informação, tirar dúvidas e realizar elogios.
Com informações Assessoria
Fotos: Divulgação / Semsa
Leia também: