Senador do AM quer ‘ajudar irmãos’ amazonenses presos em atos golpistas

Senador mais votado do Amazonas em 2018, com 834.809 votos, Plínio Valerio (PSDB), foi à Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, nesta terça-feira (07), para ajudar presos acusados de terrorismo contra o patrimônio público, no dia 8 de janeiro, na Câmara dos Deputados, no Senado, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Alvorada.

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Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camarg

Em um vídeo postado nas redes sociais, o senador afirma que está indo “na Penitenciária da Papuda visitar os presos amazonenses” porque “precisa saber” e “precisa ajudar os irmãos que estão nessa situação difícil”.

“Saindo agora, terça-feira (07), 8h30 em Brasília, para ir na Penitenciária da Papuda visitar os presos amazonenses. Me falaram que tem 5 homens e uma mulher. Há quem diga que são 8 homens. Então eu estou indo na Papuda, neste exato momento, para saber, para conversar com os amazonenses. Eu preciso saber. A gente precisa ajudar nossos irmãos que estão nessa situação difícil. Depois eu digo como é que foi a nossa visita”.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), mais de 1,5 mil pessoas foram presas por suspeita de participação no ato golpista, das quais quase 1 mil permanecem presas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou formalmente à Justiça Federal mais de 800 suspeitos de participação nos atos terroristas na capital federal.

Mais tarde, já à noite, o senador postou outro vídeo da visita e disse que, o que fez, não é papel de um senador e que os sete amazonenses presos estão sendo injustiçados.

“Já tivemos na Papuda. Conversamos com cinco homens do Amazonas e agora estamos saindo aqui da Colmeia, onde duas senhoras amazonenses estão presas. O tratamento dado aqui é o tratamento de cadeia normal, são bem tratadas. Quanto a isso, a gente não encontrou nada. Trouxe conforto e advogados e a gente vai ver o que faz pelas nossas conterrâneas. Eu asseguro a vocês que, esses cinco homens que eu conversei e as duas mulheres, nenhum tem perfil de terrorismo, de bandidos. Não têm passagem pela polícia. A gente tem que ajudar essas pessoas. É o papel do senador? Não. Mas é o papel de um cristão, de uma pessoa que tem que ser solidária com quem está sendo injustiçado. E é assim que eu me sinto, ajudando quem está passando por injustiça.”

Bruno Elander – Rádio Rio Mar