Em audiência ao Corpo Diplomático, Francisco citou o Brasil ao manifestar sua preocupação com o enfraquecimento da democracia. “Sempre é preciso superar as lógicas parciais e trabalhar pela construção do bem comum.”
Antes de concluir a audiência, Francisco disse que os sinais do “enfraquecimento da democracia” são as crescentes polarizações políticas e sociais, que não ajudam a resolver os problemas urgentes dos cidadãos.
“Penso nas várias crises políticas em diversos países do continente americano, com a sua carga de tensões e formas de violência que exacerbam os conflitos sociais.” E o Papa citou três países: Peru, Haiti e, nas últimas horas, o Brasil. “Sempre é preciso superar as lógicas parciais e trabalhar pela construção do bem comum.”
“Senhoras e senhores, seria maravilhoso que, ao menos uma vez, pudéssemos encontrar-nos apenas para agradecer ao Senhor Todo-Poderoso pelos benefícios que sempre nos concede, sem nos vermos constrangidos a enumerar as situações dramáticas que afligem a humanidade.”
Este é o papel da diplomacia, que deve aplanar os contrastes para favorecer um clima de mútua colaboração e confiança. Para Francisco, é ainda mais do que isso, é “um exercício de humildade, pois exige sacrificar um pouco de amor-próprio para entrar em relação com o outro a fim de compreender as suas razões e pontos de vista, contrastando assim a soberba e a arrogância humanas que são a causa de toda a vontade beligerante”.
A Santa Sé mantém relações diplomáticas com 183 países. A estes, acrescentam-se a União Europeia e a Soberana Militar Ordem de Malta.
Fonte: Vatican News
Foto: Vatican News