Mirna Acosta está em Manaus há 7 anos, ela é migrante , veio da Venezuela, e atuava como assistente social na cidade natal, mas no Brasil precisou se adaptar, já que desde 2019 espera a validação do diploma.
Essa é apenas uma das dificuldades no mercado de trabalho para migrantes, e está entre as questões analisadas, em um diagnóstico feito em parceria entre o Instituto Polis e a VSI. De acordo com o estudo, mais da metade dos venezuelanos refugiados em Manaus tem o ensino médio completo, e mais de 25% deles tem um ensino superior ou técnico na formação, e 23% cursaram até o ensino fundamental, além desse levantamento de dados, a pesquisa também faz uma recomendação, para que esse conhecimento prévio, seja valorizado no Brasil, como explica a cientista política, Bertha Maakarun.
”Sem dúvida, vários setores produtivos que não conseguem preencher as suas vagas de trabalho seja por por que não encontram as pessoas qualificadas, ou seja porque realmente não estão conseguindo pessoas os próprios brasileiros não estão reivindicando aquelas vagas, se colocando para trabalhar naquelas vagas então há uma complementaridade, não é você tem possibilidades para entregar tanto a mão de obra refugiado e migrante também quanto os brasileiros”
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O mapeamento do mercado de trabalho, foi feito em Manaus e em Roraima, na capital amazonense, o setor de serviços e o polo industrial, são as áreas com maior possibilidade de empregar os migrantes, e esses indicadores ajudam a montar estratégias de políticas públicas, e de projetos que trabalham com o tema, como reforça o coordenador do projeto Acnur, Anderson Matos.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar