O prédio do edifício-garagem Jorge Teixeira, conhecido como ‘Garajão’, na Avenida Floriano Peixoto, no Centro de Manaus, foi arrematado por duas lojas de variedades de Manaus. O leilão do imóvel foi no dia 12 de setembro deste ano. Contudo, a venda só foi oficializada na última quarta-feira (23), com a publicação no Diário Oficial do Município (DOM).
Conforme o documento, as empresas MM Festas e Shop das Utilidades foram as arrematantes e dividirão a propriedade do prédio. As empresas pertencem a Antônio Santos de Sousa e à Ilssara Cavalcante. O valor pago foi de R$ 5.374.351,00.
De acordo com a proprietária da empresa Shop das Utilidades, Ilssara Cavalcante, a ideia dos compradores é reformar o edifício, instalar uma clínica médica no térreo, um restaurante regional no último andar e oferecer serviço de estacionamento com seguro para os carros. A previsão é que o local seja aberto ao público, ainda no 1º semestre de 2023.
HISTÓRICO
O edifício-garagem tem área construída total de 13.524,22 metros quadrados e está desocupado. O local pertencia a prefeitura de Manaus e estava em situação de abandono e sem reformas desde, pelo menos, o ano de 2018.
A Prefeitura de Manaus disse, na mensagem governamental 043/2020, enviada à Câmara Municipal (CMM) para aprovação da venda do imóvel, que um Laudo de Avaliação contratado junto à Caixa Econômica “constatou problemas no componente estrutural, elétrico e hidrossanitário do Edifício” e que “os gastos de uma possível reforma, somados aos de conservação ordinária, não revelam um custo-benefício adequado”.
A prefeitura ainda justificou ainda que “a baixa demanda dos serviços do edifício era um dos problemas enfrentados, o que afetaria o possível retorno financeiro”.
Os vereadores aprovaram a venda, no projeto de Projeto de Lei nº 314 de 2020.
O prédio já pertenceu ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Depois foi doado à ManausPrev. Segundo a prefeitura, até 2009 a exploração comercial era realizada através de concessão a agentes privados, e, após, até 2017, diretamente pelo ente público. Foi então quando as despesas com o imóvel ultrapassam as receitas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: João Viana / Semcom