O estudo “cafeicultura no Amazonas, expandindo fronteiras: adaptação, produção e qualidade” analisa o benefício aos cafeicultores regionais do cultivo de clones da espécie popularmente chamada de robusta ou conilon. A pesquisa avalia a maior produtividade, a resiliência genética da espécie e a qualidade da bebida, em ensaios instalados em diferentes ambientes no estado do Amazonas.
Sob a coordenação do pesquisador Fábio Medeiros Ferreira, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o projeto, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca não apenas quantificar a adaptabilidade e a estabilidade de clones superiores, mas também difundir o cultivo dessa espécie de café entre os agricultores.
Com a pesquisa em andamento, alguns testes de campo foram implantados. O plantio foi iniciado em 2019, e continua por mais três anos nos municípios de Silves, Humaitá, Manaus e Itacoatiara, por meio da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Ufam e a Fapeam.
Segundo o coordenação e pesquisador Fábio Medeiros Ferreira, dentre as atividades do projeto estão, também, a capacitação de recursos humanos e difusão do café aos agricultores, na perspectiva de expansão desse agronegócio em outros municípios.
O projeto ainda proporciona interações entre os produtores rurais, envolvidos na proposta, e instituições de ensino, pesquisa e extensão, além de outros interessados no café amazonense.
A pesquisa pretende estimular e orientar os agricultores quanto ao cultivo do cafeeiro na terra amazonense, a fim de que os cafeicultores beneficiados financeiramente surjam a partir da adoção de boas práticas agrícolas e o uso de materiais genéticos, para que a cafeicultura se torne realmente uma alternativa sustentável à agricultura familiar do Amazonas por ser geradora de renda, portanto, fixadora das famílias no campo.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar