Padre Sandoval Rocha destaca os desafios enfrentados com o saneamento básico no Amazonas

Padre Sandoval Rocha destaca os desafios enfrentados com o saneamento básico no Amazonas

Padre Sandoval Rocha destaca os desafios enfrentados com o saneamento básico no Amazonas

A Igreja tem o compromisso com a vida, por isso está inserida em tantos espaços sociais. O Sínodo para a Amazônia realizado em 2019 em Roma, reuniu representantes para discutir e entender os novos rumos desta igreja Amazônica que acolhe realidades muito diferentes, além de traçar os sonhos do Papa Francisco para uma ecologia integral.

No capítulo III da Exortação Apostólica Pós – Sinodal Querida Amazônia, Francisco fala do Sonho Ecológico e destaca o “Sonho feito de água” – Na Amazônia, a água é a rainha; rios e córregos lembram veias e toda forma de vida brota dela, afirma o Papa.

Estudos apontam que o entorno da cidade de Manaus é todo contaminado. Outra questão é que as fortes chuvas, levam resíduos para o Lago do Tarumã, situação que agrava a poluição dos rios, fazendo com que as comunidades ribeirinhas e do interior do estado, sofram com a falta de água potável.

Segundo o Doutor em Ciências Sociais, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Professor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e Coordenador do projeto de pesquisa “Cidadania Hídrica na Amazônia: oportunidades e desafios do acesso à água potável e ao esgotamento sanitário” (UNISINOS), Padre Sandoval Rocha, o saneamento básico do estado é precarizado e após 22 anos de privatização, Manaus conta com apenas 22% de esgotamento sanitário.

Ouça a matéria em áudio:

 

A Cidade de Manaus é caracteristicamente conhecida pelo volume de água e deveria ser um modelo de saneamento básico, contudo, não é bem assim que acontece, destaca padre Sandoval.

O relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2020, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, apontam que o país ainda tem uma dificuldade com o tratamento do esgoto, do qual somente 50% do volume gerado são tratados, isto é, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente. Entre os 100 piores munícipios, Manaus ocupa a posição de número 89. A capital está entre os 20 piores no ranking em oito anos consecutivos.

Rafaella Moura –  Rádio Rio Mar