Com o tema “Amazônia: Nossa Luta em Poesia”, o boi-bumbá Caprichoso é o campeão do 55º Festival Folclórico de Parintins 2022. O boi azul e branco somou 1259,3 contra 1258,5 do Garantido. Esse é o 24º título do touro negro.
As parciais foram as seguintes: Na primeira noite (sexta-feira), o Caprichoso conquistou 419,7 pontos contra 419, 2 do Garantido. Na segunda noite (sábado), o azul e branco venceu com 419,7 contra 419.3 do rival. Na última noite (domingo), o touro negro conquistou 419,9 contra 420 do Garantido.
Bastante emocionado, o presidente do boi Caprichoso, Jender Lobato, ressaltou que essa é a vitória de quem levou o festival a sério, de quem investiu para fazer o maior festival de todos os tempos. Lobato destacou, ainda, a dedicação de toda a equipe do bumbá e da galera azul e branca.
“Eu perdi meu pai há duas semanas e eu não tive luto. Eu tive que enterrar meu pai e saí do cemitério para o galpão para trabalhar pelo Caprichoso, para fazer essa apresentação digna que nós fizemos. Eu tenho muito orgulhoso de ter feito esse festival e ter ganhado esse título. Realizado um sonho, um sonho de menino da francesa, de curumim, que nasceu e se criou no Caprichoso“, disse.
O Caprichoso também levou o troféu de “Melhor Galera do Festival”. O Festival é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC).
Na primeira noite, em “Amazônia-Floresta: o grito da vida”, o Boi Caprichoso mostrou que a poesia amazônica torna-se manifesto onde vida e imaginário formam um corpo uno, um corpo-floresta, uma gente-Caprichoso, unidos em defesa de nosso território, nossa morada, nosso ar, nosso tudo. A luta dos seres-floresta.
“A poesia amazônica torna-se manifesto onde vida e imaginário formam um corpo uno, um corpo-floresta, uma gente-Caprichoso, unidos em defesa de nosso território, nossa morada, nosso ar, nosso tudo. A luta dos seres-floresta”.
Na segunda noite (25), o boi azul e branco apresentou “Amazônia-Aldeia: O brado do povo”, para evidenciar as lutas constantes dos povos e comunidades tradicionais da grande floresta.
“Resistir é reexistir. É trazer os sons dos muitos batuques emanados pelos mestres griôs brasileiros homenageados em nossa Marujada de Guerra, cuja cadência dá vida e voz às toadas caprichosas e altaneiras do Boi da Francesa e do Palmares”.
No último dia da festa, o Boi Caprichoso apresentou o espetáculo “Amazônia-Festeira: O Clamor da Cura” e encerrou sua participação na 55ª edição do Festival Folclórico de Parintins. O Caprichoso mostrou suas raízes identitárias e homenageou o fundador, Roque Cid.
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Da redação – Rádio Rio Mar
Fotos: Divulgação/Secom