Manejo sustentável de jacaré no Amazonas: resultados positivos apontam novos caminhos

Um Grupo de Trabalho em atuação desde 2019, composto por 20 instituições, discute os processos voltados a construção das bases de liberação do manejo sustentável das quatro espécies de jacarés amazônicos: jacaré-açu, jacaretinga, jacaré-paguá e jacaré-coroa. Os resultados obtidos pela região que abrange a RDS Uacari e a Resex do Médio Juruá são positivos. Há quatro anos, comunitários das Unidades de Conservação têm feito monitoramento de ninhos e contagens noturnas para acompanhar o potencial produtivo da atividade. Neste período, foi identificada uma superpopulação de jacarés nas áreas das comunidades monitoradas.

O manejo do jacaré pretende beneficiar mais de 600 famílias na região do Médio Juruá. A expectativa dos comunitários é grande, mas o gestor da RDS do Uacari, Gilberto Olavo, destaca que é preciso investimento.

A primeira licença para abate de jacaré na atividade primária, em Unidade de Conservação, foi assinada em 2018, na comunidade rural Jarauá, pertencente a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada no município de Uarini. A licença tem validade de 5 anos, período no qual poderão ser abatidos até 10 mil animais, seguindo normas dos órgãos ambientais. De acordo com o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, o manejo de jacarés possui uma cadeia bioeconômica .

Uma reunião do comitê voltado a prática de manejo sustentável de jacaré no Amazonas está marcada para o dia 27 de julho, no auditório da Sema.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/ Instituto Mamirauá