Existem dois tipos de lúpus: o cutâneo, que se restringe à pele; e o Lúpus Eritematoso Sistêmico, que atinge vários órgãos. Os sintomas variam de acordo com o local comprometido e inflamado no corpo. A reumatologista, Juliana Scrignoli, que atua na Fundação Hospital Adriano Jorge, explica o que é a doença, a prevenção e os sinais relevantes para a análise clínica.
De acordo com a especialista, a doença autoimune crônica, que ocorre quando o sistema imunológico do paciente ataca seus próprios órgãos e tecidos, pode inflamar várias partes do corpo, porém é tratável.
Conforme a médica, a causa da doença ainda não foi determinada e pode ser multifatorial, genético e ambiental. Contudo, há como evitar o reaparecimento e postergar um possível gatilho.
Segundo a reumatologista, a genética é observada para avaliar a possibilidade de aparição da doença, e uma justificativa para adoção de hábitos e estilos de vida que ajudam a prevenir o lúpus.
Para lúpus, o tratamento é feito de forma medicamentosa e não medicamentosa. São usados, principalmente, medicamentos como hidroxicloroquina, corticoides e imunossupressores, de acordo com a avaliação médica. Contudo, há outras orientações que acompanham o tratamento envolvendo atividades do cotidiano, conforme explica a reumatologista.
O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais freqüente em pessoas mestiças e nos afro-descendentes. No Brasil, não dispomos de números exatos, mas as estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a doença
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar