A Luta Antimanicomial alerta população sobre postura acolhedora e empatia a pessoas com transtornos mentaisA data marca as mobilizações em torno do fechamento de manicômios e a formalização de novas legislações, a implantação da rede de saúde mental e atenção psicossocial e da instauração de novas práticas em um importante movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma referência internacional.
A luta Antimanicomial surgiu no fim da década de 70 porque muitos movimentos ligados à saúde denunciaram abusos cometidos em instituições psiquiátricas, além da precarização das condições de trabalho, reflexo do caráter autoritário do governo no interior de tais instituições
A gerente da Rede de Atenção Psicossocial da secretaria municipal de Saúde, psicóloga Efthimia Haidos, explica que a data, que nasceu do movimento Reforma Psiquiátrica, a partir da união de trabalhadores da saúde, universidades e outras instituições que defendiam um tratamento humanizado às pessoas com transtorno mental, tem a proposta de estimular na sociedade a empatia e o acolhimento.
A psicóloga esclareceu que a luta objetiva não apenas a extinção dos manicômios, mas também defende a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Os Centros de Atenção Psicossocial, gerenciados pela Semsa, recebem os usuários que apresentam transtornos mentais graves e persistentes como esquizofrenia, transtorno bipolar e distúrbios psicóticos. De janeiro a março deste ano, foram realizados 12.817 atendimentos nos CAPs de gestão municipal.
Efthimia Haidos esclarece que não há necessidade de encaminhamento para acessar os CAPs, pois a demanda é livre. O tratamento é aberto, não há internação ou qualquer outro procedimento contra a vontade do usuário. Trata-se de um serviço de portas abertas, sendo a permanência definida a partir da contratualidade no momento do acolhimento.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar