O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi 1,06% e ficou 0,56 ponto percentual abaixo da taxa de março. Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. A maior variação (2,06%) e o maior impacto (0,43%) vieram de Alimentação e bebidas. Na sequência, vieram os Transportes. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril. Além deles, houve aceleração em Saúde e cuidados pessoais e Artigos de residência. O único grupo em queda foi Habitação (-1,14%). Os demais ficaram entre 0,06% de Educação e 1,26% de Vestuário.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas é resultado principalmente da alta observada nos preços dos alimentos para consumo no domicílio. A maior contribuição dentro do grupo veio do leite longa vida, cujos preços subiram 10,31% em abril.
Além disso, foram registradas altas em diversos outros componentes importantes da cesta de consumo dos brasileiros, como a batata-inglesa, o tomate, o óleo de soja, o pão francês e as carnes.
Na alimentação fora do domicílio, a refeição subiu 0,42%, após registrar alta de 0,60% em março. Já o lanche acelerou em abril, com alta de 0,98% frente ao 0,76% observado no mês anterior.
No grupo Transportes (1,91%), a alta foi influenciada principalmente pelo preço dos combustíveis. A gasolina subiu 2,48% e exerceu impacto de 0,17% no índice do mês. Houve altas também nos preços do etanol (8,44%), óleo diesel (4,74%) e gás veicular (0,24%).
Ainda em Transportes, destacam-se as altas das passagens aéreas (9,48%), do transporte por aplicativo (4,09%) e do seguro voluntário de veículo (3,31%).
Habitação foi o único grupo com variação negativa, puxado pela queda nos preços da energia elétrica. A partir de 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, sem cobrança extra na conta de luz.
Fonte: IBGE
Fotos: Agência Brasil