Na próxima quinta-feira (28), a Comissão de Educação (CE) do Senado vai ouvir quatro pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os convocados são apontados como facilitadores de repasses do Ministério da Educação (MEC) para algumas prefeituras, que teriam ocorrido após negociação com pastores.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destaca, no requerimento para as oitivas, o áudio em que o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, fala que, a pedido do presidente da república, Jair Bolsonaro, atendia a solicitações de repasses, verbas do FNDE, feitas por amigos de dois pastores
Os depoimentos previstos são de dois ex-servidores comissionados do MEC e de dois homens apontados como mediadores dos repasses:
– Odimar Barreto, pastor e major aposentado da Polícia Militar de São Paulo. Segundo o requerimento, ele é apontado como um dos articuladores dos encontros entre pastores lobistas e prefeitos dentro da pasta. Foi nomeado assessor especial do MEC em 2020, semanas após a posse de Milton Ribeiro, e exonerado do cargo em março deste ano, quando veio à tona as denúncias.
– Jorge Guilherme da Silva Souza, apontado em oitiva de prefeitos como proprietário da JG Consultoria e Assessoria, que seria uma das gerenciadoras do trato da liberação de verbas com o FNDE/MEC.
– Luciano de Freitas, advogado que trabalhou como gerente de projetos na Secretaria Executiva do MEC. Ele é apontado como responsável por agilizar os repasses de recursos negociados pelos religiosos.
– Crezus Ralph Lavra Santos, assessor da Assembleia Legislativa do Maranhão, apontado pela imprensa como mediador entre os pastores investigados e prefeitos do Maranhão.
Fonte: Senado
Fotos: Agência Senado