O governo do Amazonas informou, após o encerramento do Campeonato Amazonense 2022, que o contribuinte pagou R$ 560 mil para que os clubes jogassem de graça nos estádios Carlos Zamith, Ismael Benigno (a Colina) e Arena da Amazônia. O valor corresponde às isenções de taxas como o aluguel e 5% da renda bruta.
Durante os 66 dias de competição, a Colina recebeu 20 jogos, a Arena da Amazônia 16 partidas e o Carlos Zamith outras 14.
Só na Arena da Amazônia, os clubes deixaram de pagar mais de meio milhão de reais. Quem pagou foi o contribuinte, segundo o governo do Amazonas. Na Colina, os custos não pagos pelos clubes totalizaram R$ 32 mil e, no Carlos Zamith, R$ 28 mil.
Um contrato entre Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) e a Federação Amazonense de Futebol (FAF) foi o que viabilizou a transferência de custos dos clubes para a população.
Contudo, apesar dos clubes terem jogado de graça, o contribuinte teve que comprar ingressos para assistir às partidas.
“Esses esforços foram feitos para que os clubes não tivessem ainda mais custos em um momento de pandemia, fazendo com que a contribuição ao alto rendimento fosse democraticamente valorizada entre todos os participantes, que usaram as praças em um total de 50 partidas”, afirmou o diretor-presidente da Faar, Jorge Oliveira.
Conforme o governo do Amazonas, as isenções complementam um pacote de investimentos melhorar as condições no alto rendimento. Outras intervenções foram na revitalização dos estádios públicos.
E a prestação de contas?
Em julho de 2021, o Governo do Estado já tinha entregado um cheque de R$ 2,5 milhões à FAF, em forma de patrocínio. A Rádio Rio Mar perguntou à Faar se a prestação de contas do dinheiro já foi feita, mas não houve resposta. Pelo contrato, a prestação de contas deveria ter sido feita até o dia 13 de março.
Clubes não têm que prestar contas de dinheiro público repassado pelo governo do Amazonas