Jacarés da Amazônia – Você já deve ter ouvido falar que a Amazônia é rica em biodiversidade. Os animais da região possuem características únicas.
É o caso do jacaré-açu, que chama a atenção principalmente pelo tamanho. Essa espécie pode medir até 5 metros de altura, é maior do que uma casa ou um carro, por exemplo. Segundo o pesquisador em Conservação e Manejo de Jacarés do Instituto Mamirauá, Diogo de Lima Franco, as matas, florestas e os rios são ambientes favoráveis a esses animais.
“São animais de grande porte ou médio porte, dependendo da espécie, mas que são menos agressivos e em geral são animais um pouco mais calmos. São animais que não tem tantos registros de casos de ataques como os crocodilos, nós estamos falando de animais de grande porte, que são predadores. E temos as espécies de maior porte, que são o jacaré-tinga, é um jacaré de médio porte, nós estamos falando aí de um animal de 2 metros e meio mais ou menos, que é o tamanho máximo de um adulto macho. Em alguns casos pode chegar um pouco mais , 2 metros e 70 a dois metros e 70. E o jacaré-açu, que é a maior espécie de jacaré, então é um jacaré que Teoricamente pode alcançar próximo dos 6 metros de altura”, disse.
Outro detalhe apontado pelo pesquisador é que a Amazônia possui a maior variedade de jacarés do mundo. Das oito espécies de jacarés existentes em todo o planeta, quatro estão na região. Além do jacaré-açu, também vivem na Amazônia o jacaré-tinga, jacaré-paguá e jacaré-coroa.
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“Nós temos duas espécies que são de pequeno porte, que são o Jacare-paguá e o jacaré-coroa. São espécies que têm em média um metro e meio no máximo 1 metro e 80, alguns poucos registros de animais próximos dos dois metros, mas é muito raro. São encontrados mais em interiores da Mata, então eles são mais associados a igarapés e a pequenos riachos, são animais que não são tão facilmente vistos”, explicou.
Preservar a existência dessas espécies de jacarés é importante para manter o equilíbrio no ecossistema, já que eles fazem o controle biológico de outras espécies, como os peixes, principal alimento dos ribeirinhos. Apesar de não serem considerados animais em extinção, alguns fatores como o crescimento da urbanização, aumento de queimadas e desmatamento podem reduzir a população dos jacarés. Por isso, é fundamental cuidar dos rios e das florestas, para consequentemente ajudar na preservação dessa espécie.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar