Março Lilás: mês de conscientização e combate ao câncer de colo de útero

A estimativa mais recente do Instituto Nacional do Câncer é de que 700 mulheres no Amazonas sejam acometidas pelo câncer de colo de útero por ano. Os dados são de 2020. Com essa quantidade, o Amazonas segue na liderança do ranking com o maior número de casos. A incidência é de 61,54, uma taxa extremamente alta, a mais alta do Brasil e 10 x maior do que a média nacional.

Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres e foi responsável pela morte de 3.953 mulheres no Brasil desde 2000.

Prevenção:

A abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo, conhecido como Papanicolaou. Se for realizado de forma periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.

Inicialmente, o exame preventivo deve ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.

Quando não se faz prevenção e o câncer do colo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele vai progredir, ocasionando sintomas. Só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um tratamento adequado.

Serviços:

No Amazonas, a principal dificuldade de acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento é no interior. O diretor presidente da Fundação Cecon, Dr Gerson Mourão, destaca que o avanço em políticas públicas para as mulheres pode ocasionar a redução dos casos graves. Porque, no estágio avançado, somente a cirurgia pode salvar a mulher. O médico explica que há três tipos de cirurgia para o câncer do colo do útero.

Em uma ação inédita nos serviços de saúde da mulher, a cirurgia de conização deixou de ser realizada somente da Fundação Cecon em 2022 e foi ampliada para o hospital Delphina Aziz. O acesso ao procedimento começa pela Unidade Básica de Saúde, onde a mulher é encaminhada ao especialista.

Da redação da Rádio Rio Mar