De acordo com da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, em 2021, foram diagnósticas 340 novos casos de hanseníase no Amazonas. Desse total, 29,4% eram residentes de Manaus e 70,6 de outros 46 municípios. Atualmente quase 500 pessoas realizam tratamento da doença em todo o estado. O Brasil ocupa o segundo lugar com mais casos da doença no mundo, com uma média de 30 mil diagnósticos por ano. Estes dados motivaram equipes da Fiocruz e da Fundação Alfredo da Matta a planejar a realização do primeiro inquérito de hanseníase do país. A diretora de ensino e pesquisa da Fundação Alfredo da Mata, Valderiza Pedrosa, explica que a ideia é analisar a situação do paciente curado. Já que alguns pacientes podem apresentar sequelas mesmo depois de ter recebido alta.
A doença é causada por uma bactéria que atinge a pele e os nervos. Atualmente a hanseníase tem tratamento e pode ser curada. O inquérito de hanseníase do Brasil deve começar no mês de março desta ano. De acordo com a Valderiza Pedroza que também é a coordenadora da iniciativa, além de levantar dados a meta é capacitar os profissionais de saúde da região Norte do país por meio do projeto “Ação para a Eliminação da Hanseníase”.
A estimativa da organização do inquérito da hanseníase é de que os trabalhos de campo durem cerca de seis meses e de que os resultados sejam publicados ainda em 2022. Eles vão permitir que novas políticas públicas possam ser elaboradas pelo Ministério da Saúde.
Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação / Semsa