Governo prevê pico de covid-19 para início de fevereiro, no Amazonas

Depois de voltar para a fase laranja, de risco moderado na transmissão de Covid-19, o Amazonas deve atingir o pico da doença no início de fevereiro, entre os dias 2 e 3.  A projeção foi divulgada pelo governador do Estado, Wilson Lima, ao comentar o aumento de casos e ao falar da nova variante, Ômicron, que já está em fase de transmissão comunitária. Apesar disso, o governador informou que o estado ainda não pretende adotar medidas mais restritivas.

Governo prevê pico de covid-19 para início de fevereiro, no Amazonas. Foto: Secom

“Estamos observando a evolução dos casos aqui no Amazonas. Tudo isso nos preocupa. O fato de a ômicron não ser mais letal não significa que não vai ter ninguém que possa agravar ou vir a óbito. Estamos trabalhando com uma projeção, uma possibilidade que teremos o auge desses casos nos dias 2 e 3 de fevereiro. A gente acredita que a partir daí é que os casos vão descer. Por enquanto, o que estamos fazendo é um trabalho de vacinação, de testagem. Eu torço para que a gente não interrompa em nenhum momento a atividade ecônomica, para que as pessoas possam garantir o sustento da sua família”, disse.

O Amazonas registra aumento na média diária de casos de Covid-19 desde a segunda semana de janeiro. Um grupo de pesquisadores já havia previsto, antecipadamente, um novo pico da doença, com base em publicações científicas revisadas. Segundo o biólogo e um dos autores do estudo, Lucas Ferrante, alguns fatores como a vacinação e o baixo nível de isolamento social contribuem para esse pico.

“Como nós prevíamos e avisamos há meses, Manaus agora passa por uma terceira onda de covid-19. Usamos um modelo padrão e embasado para realizar essa previsão, considerando o número de casos totais e o número de pessoas vacinadas. Manaus ainda corre um risco grande de mais de 1.000 mortos nessa terceira onda. Esse pico não irá decrescer depois do início de fevereiro, deve aumentar”, contou.

Ainda conforme mostram os estudos, é necessário adotar medidas mais rigorosas para um controle mais efetivo da doença.

“A situação é crítica. Essa é a hora de agir. É preciso adotar medidas agora e se programar também para um colapso do sistema de saúde, adquirindo oxigênio e outros insumos médicos”, concluiu.

A Fundação de Vigilância em Saúde emitiu um comunicado com risco de alerta por conta do aumento dos casos de coronavírus no estado, e a predominância da variante Ômicron, que é de mais de 90%.

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Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar