O último boletim hidrológico da CPRM (Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais) divulgado no dia 4 de janeiro mostra que todas as estações monitoradas do Rio Negro apresentam níveis atípicos, com valores acima do esperado para a época. Essa característica é mantida em função dos acumulados de chuvas em praticamente toda a bacia.
Em Manaus, o processo da cheia do rio Negro obteve a média de 9 cm de subida por dia na última semana. “O nível nesta estação se manteve como o maior já registrado para o período de análise”, consta no comunicado. Nesta quinta-feira (6), o Rio Negro marca a cota de 24,16 m, a maior já registrada desde o início das análises da CPRM.
Ainda assim, a Companhia destaca que a quantidade de chuva na região e o atual nível do rio não são suficientes para “prever uma cheia severa em 2022”. Para que isso ocorra é necessário um volume expressivo de chuvas ao longo deste trimestre (Janeiro – Fevereiro – Março).
A cota nunca havia alcançado os 24 metros na primeira semana de janeiro. Até então, a CPRM registrava a maior cota nos primeiros dias do ano em 1994, quando o Rio Negro atingiu 23,91 metros.
Cotas dos últimos três anos:
06/01 de 2019: 23,10
06/01 de 2020: 23,25 m
06/01 de 2021: 21,89 m
06/01 de 2022: 24,16 m
A cota histórica do Rio Negro foi registrada em 2021, quando alcançou os 30,02m.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar