O Amazonas possui 132 casos de rabdomiólise, entre 21 de agosto a 21 de dezembro, sendo destes 75 (57%) compatíveis para doença de Haff e 57 (43%) foram descartados pela equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Amazonas. Nos últimos 14 dias, foram registrados cinco novos casos, todos no município de Itacoatiara. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (22) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, os sintomas normalmente surgem dentro das primeiras 24 horas após a ingestão de peixe. Os últimos 5 casos estão associados a ingestão de pacu.
Os casos considerados compatíveis foram notificados em 10 municípios, sendo eles: Itacoatiara (44), Parintins (12), Manaus (6), Urucurituba (4), Silves (3), Maués (2), Manacapuru (1), Itapiranga (1), Autazes (1) e Caapiranga (1). Destes, dois casos evoluíram para óbito e ocorreram em Itacoatiara.
Entre 75 casos compatíveis, os casos predominantes são do sexo masculino, o que representa 61% (46/75) dos casos e a faixa etária de 40 a 59 anos foram os mais acometidos, totalizando 39% (29/75) dos casos, seguido pela faixa etária acima de 60 anos, com 24% (18/75).
A coordenadora do CIEVS/FVS-RCP, Josielen Amorim, ressaltou que uma das dificuldades encontradas é o rastreamento da origem dos peixes. “Muitas vezes eles são comprados em mercados e trazidos por pescadores sem identificação da origem. Quando o peixe é consumido por ribeirinhos, que pescaram, fica mais fácil de identificar as áreas onde esses peixes são pescados”.
Fonte: FVS-Amazonas
Foto: Divulgação