Ivan Rodrigues Chagas, acusado de matar a companheira, Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018, foi condenado a 27 anos de prisão após cinco dias de julgamento.
O julgamento, que foi o mais longo registrado este ano pelas Varas do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, começou na última quinta-feira (2) e foi encerrado na noite dessa segunda (6), no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco.
Foram ouvidas cinco testemunhas de acusação ainda na quinta-feira; e as de defesa testemunharam na sexta e no sábado, de forma presencial e, também, por videoconferência.
Durante todos dias, familiares da vítima acompanharam o julgamento. No interrogatório do réu, realizado no domingo, um dos parentes de Jerusa chegou a passar mal, com problema de pressão alta.
No seu interrogatório, Ivan chorou, chegou a pedir perdão pelo que fez e só respondeu aos questionamentos feitos por seus advogados e pela juíza. Por conta disso, o Ministério Público pediu a exibição do interrogatório do réu, realizado durante a audiência de instrução. Os trabalhos foram reiniciados nessa segunda-feira, com os debates entre acusação e defesa.
O crime
De acordo com inquérito policial que embasou a denúncia do Ministério Público, Ivan Rodrigues Chagas confessou ter matado Jerusa Helena Torres Nakamine no dia 12 de abril de 2018, por volta de 05h30, na casa em que moravam, no Conjunto Campos Elíseos, zona Centro-Oeste de Manaus.
Segundo os laudos periciais constantes dos autos, a vítima foi morta a golpes de faca – sendo 18 lesões no total. Conforme trecho da denúncia oferecida pelo MP, “o casal se encontrava em processo de separação, com acusações mútuas de traições. Havia considerável patrimônio a ser partilhado e o motivo do crime foi ciúmes e tentativa de obter vantagem econômica ao evitar a partilha de bens”.
Fonte: TJAM
Raphael Alves | TJAM