Os números assustam, as pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil chegam ao patamar de 12 milhões. Somente no Amazonas, são mais de 500 mil, o que corresponde a 12,5% da população// São aquelas que sobrevivem com menos de R$155 por mês. E mais de 1,79 milhões ou 44,5% dos amazonenses vivem em situação de pobreza, com renda monetária de R$450 mensalmente. Como explica, Adjalma Nogueira, supervisor de Disseminação de Informações.
Para chegar a estes indicadores, o IBGE utilizou parâmetros do Banco Mundial quanto ao poder compra, assim como outras linhas de pobreza utilizadas para diferentes propósitos no país. A nível de Brasil, o Amazonas fica em segundo lugar entre os estados com maior população de extrema pobreza, perdendo somente para o Maranhão que possui 14,4% do seu povo vivendo nesta situação. O sociólogo Luiz Antônio da Universidade Federal do Amazonas analisa esse cenário.
Pela primeira vez, o IBGE avaliou o impacto dos programas sociais na incidência de pobreza e extrema pobreza no país. De acordo com o Adjalma Nogueira ,em um cenário hipotético sem o pagamento de benefícios sociais a situação seria pior, com patamares de 2 a 3 pontos percentuais mais elevado em ambos os casos.
De acordo com a análise do Gini, um importante indicador da desigualdade no mundo, aponta que o Brasil permanece como um dos países mais desiguais do mundo quando o assunto é distribuição de renda entre os habitantes.
A desigualdade racial também está relacionada a desigualdade de rendimentos, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE. Esses rendimento foi de R$629 para a população preta e de R$1.437 para a branca, em 2020.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Tomaz Silva – Agência Brasil