Quem tem filhos em colégios particulares já deve estar se preparando para a matrícula do ano que vem e atento ao custo mais alto. O reajuste da mensalidade escolar para 2022 pode variar entre 6% e 12%, mas o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas afirma que esse percentual pode ser ainda maior, desde que esteja justificado com a planilha de custo da unidade.
Apesar de o aumento seguir a tendência da alta inflação e pesar no bolso dos pais, o Sindicato diz que não deve refletir na redução da quantidade de matrículas.
“Se tiver dentro de uma média, se tiver um diálogo bem acertivo com a comunidade de pais daquela escola que estejam interessados. Impactar para que haja uma perda e evasão, acredito que não. A escola precisa ter muito bem alinhado na sua planilha de custo a justificativa sobre o que ela está reajustando e abrir as portas para conversar com os pais que quiserem entender melhor, a escola precisa fazer esse atendimento sim”, diz.
Com a pandemia e a preocupação com a evasão de alunos, os colégios particulares não reajustaram as mensalidades durante dois anos e, agora, com a inflação de dois dígitos, não foi possível segurar o preço. Para Laura, o diálogo é a melhor solução para negociar o valor da mensalidade.
“A melhor forma de negociar com a escola são os pais entenderem como a escola está recebendo, se está parcelando, quais as formas de pagamento e ter um diálogo bem aberto, explicando as reais necessidades, a visão de cada um, a necessidade do estudante naquela escola”, conta.
A tendência é que 90% das escolas particulares aumentem o valor da mensalidade em 2022. A Lei nº 9.870 estabelece que o novo valor deve estar de acordo com as despesas da escola e só pode ser realizado uma vez a cada 12 meses.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil