Dados da pesquisa “Percepções da população brasileira sobre feminicídio” dos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão apontam que 30% das mulheres dizem que já foram ameaçadas de morte por parceiro ou ex, 1 em cada 6 sofreu tentativa de feminicídio. Participaram da pesquisa 1.503 pessoas, sendo 1.001 mulheres e 502 homens. 90% dos entrevistados acreditam que o local de maior risco de assassinato para as mulheres é dentro de casa, por um parceiro ou ex-parceiro.
No Amazonas, os números da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas assustam. De janeiro a agosto de 2021, os casos de feminicídio no interior do Estado aumentaram 300% de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período do ano passado. Na capital os registros apresentaram queda de 33%, mas a violência contra a mulher ainda é motivo de preocupação. Para a delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, centro-sul, que a falta de denúncia é um dos grandes entraves.
Em contrapartida, em 2021, até o início de novembro o Tribunal de Justiça do Amazonas possui quase 14 mil processos de violência contra a mulher registrados na justiça, sejam eles de violência doméstica ou familiar. O maior número de processos desta natureza dos últimos 15 anos, segundo levantamento do Tribunal. Estes números são resultados da conscientização relata a delegada Débora Mafra.
A lei também é uma aliada no combate a violência contra a Mulher e nesta semana a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que a aumento a pena dos crimes de calúnia, difamação e injúria cometidos no contesto de violência doméstica e familiar. No Código Penal, a pena atual, nestes crimes, é de um mês a dois anos a depender do crime.Com o projeto, agora, essa pena será aumentada em um terço. Na próxima fase, o texto será analisado pelo Senado.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
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