Mês dedicado a prematuridade reforça a ideia de separação zero entre mãe e bebê

A enfermeira obstétrica Luana Freitas tinha uma gravidez tranquila, até que na 24ª semana durante uma consulta de rotina recebeu a notícia de que precisava ser internada as pressas por conta de problemas no colo do útero. Em meio a um cenário de angústia e fé nasceu a pequena Catherinne Freitas. Os primeiros meses de vida foram difíceis tanto para mãe quanto para filha, mas algo fez a diferença, o contato pele a pele gerado pelo método canguru.

Em 2021, a campanha nacional do novembro roxo tem como tema a separação zero entre mãe e bebê prematuro, defendendo a ideia de que a genitora tenha condições de ficar internada para acompanhar o filho o tempo todo, assim como o pai. Para a pediatra neonatologista, Briza Rêgo, o prematuro precisa de atenção redobrada, dada as condições de nascimento. E a presença dos pais é primordial nesse processo.

Em Manaus, uma série de ações acontece  em prol do Novembro Roxo. Nesta semana, no Instituto Dona Lindu, os bebês internados nas unidades de Terapia Intensiva Neonatal e de Cuidados Intermediários Convencionais foram vestidos de super-heróis, como Homem-Aranha, Mulher-Maravilha e Homem de Ferro. De acordo com Gracimar Fecury, gerente de Enfermagem do instituto, a opção por caracterizar os bebês teve o objetivo de homenageá-los como verdadeiros heróis e sobreviventes.

Para a ajudante de cozinha, Suziely Dias, a homenagem ao filho que nasceu de 26 semanas e dois dias vai bem além da caracterização proposta pela atividade. O pequeno recebeu o nome de Kalel, nome verdadeiro do Super-Homem/Clark Kent.

A cor roxo da campanha é símbolo da causa da prematuridade, que simboliza a sensibilidade e a individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros.

 

Tania Freitas –Rádio Rio Mar

Foto 1: Luana Freitas

Foto2: Arthur Castro/Secom