Brasil não adere a pacto para colocar fim a era dos veículos movidos a combustíveis fósseis

O pacto foi anunciado nesta semana durante a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP26. 24 países e algumas das maiores fabricantes de automóveis do mundo anunciaram o compromisso de pôr um fim a era dos veículos movidos a combustíveis fósseis até 2040. O Brasil não aderiu ao acordo. Integram a iniciativa, países como: Reino Unido, Irlanda, Canadá e Nova Zelândia. Para o pesquisador Jean Ometto do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais este é um passo importante em prol do planeta.

A comunidade cientifica vem alertando há séculos que o uso em escala de combustíveis fosseis, como o carvão e o petróleo geram consequências climáticas. Eles podem beneficiar a economia global, mas acarretam uma série de problemas ambientais, como a emissão de gases poluentes a partir da queima e extração de combustíveis. Na América do Sul, Chile, Paraguai e Uruguai aderiram ao pacto firmado na COP26. O acordo também foi assinado por grandes cidades do mundo, como Nova York, Londres e Barcelona. Entre as cidades brasileiras, apenas São Paulo assinou o documento.  Os combustíveis fósseis causam diversos danos ao meio ambiente, seja no ar, na água ou no solo.

 

A única capital brasileira comprometida com esta intenção tem o setor de transportes como um dos principais emissores de poluentes. Em São Paulo, esta esfera representa 62% do total de gás carbônico emitido na atmosfera. O processo de mudança dos veículos já começou na cidade paulista, que já possui 1,6% da frota de ônibus do tipo elétrico. A meta é atingir 20% até 2024. A intenção é cumprir a meta do compromisso firmado na COP 26, 80% da frota nos próximos anos.

Manaus já possui ônibus elétricos em sua frota, são mais de 20 veículos deste tipo. Durante o aniversário de Manaus, governador e prefeito, anunciaram parceria para investir R$35 milhões na compra de veículos deste tipo para o transporte público da capital amazonense.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto 1: Arquivo/ Agência Brasil

Foto 2: Fernando Frazão/ Agência Brasil