O Presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador David Reis, anunciou que os recursos não utilizados pela casa legislativa ao longo de 2021 serão utilizados para gratificação dos servidores, reforma do prédio e criação de novos cargos.
A quantidade de recursos empregados nesses projetos ainda não está definida, mas a Casa tem, pelo menos, R$ 32 milhões disponíveis, já que o projeto de construção de um prédio com novos gabinetes para os vereadores, conhecido como puxadinho, foi derrubado pela justiça.
“Com o impedimento da obra do anexo, que iria dispor de melhores condições de espaço físico tanto para os vereadores como para a população que nos procura todos os dias, vamos agora, inclusive já aprovamos, dar um abono natalino para todos os funcionários que vai sair agora em novembro e dezembro”
Antes do feriado prolongado, uma sessão extraordinária na Câmara aprovou o projeto que concede gratificação de até 1 salário mínimo a todos os servidores da Casa. O chamado “auxílio alimentação” permanece na folha até o fim do ano e o auxílio atual de R$ 458 volta a ser pago em janeiro de 2022.
O número de servidores na Câmara varia. Eram 1.645 funcionários em janeiro e 1.802 em agosto. Com isso, a gratificação custaria quase R$ 2 milhões por mês.
David Reis também informou que o prédio da Câmara vai passar por uma reforma, já que não haverá construção do anexo.
“O que vamos fazer vários reparos que a câmara necessita. Vou dizer pela primeira vez, após aquela liminar que suspendeu a obra, aquilo foi uma sexta-feira e, no sábado, Manaus sofreu com um temporal e várias telhas da Câmara foram arrancadas. Não tornei isso público para não transformar isso em um cabo de guerra, mas isso é um fato que ocorreu e vamos proceder as reformas que a Câmara necessita”
No dia do temporal citado pelo vereador, 18 de setembro, a Defesa Civil de Manaus não registrou ocorrências. O órgão informou que por ser um prédio particular, geralmente não são acionados.
Até o fim deste ano, o presidente da Câmara também planeja uma reforma administrativa, mas não para a extinção e sim para a criação de novos cargos, como o de engenheiro ambiental. Segundo David Reis, ainda não está definido quantos cargos serão criados.
“Aí eu preciso criar o cargo de engenheiro ambiental para contratar um engenheiro ambiental, esse é um exemplo claro. Não sei se nós iremos proceder extinção, mas nós precisaremos criar alguns cargos pontuais para que o organograma da Câmara possa existir. Parece mentira, mas estamos na 18ª Legislatura e a Câmara não dispõe de organograma”.
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Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar
Foto: Foto: Robervaldo Rocha/CMM