A Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima acontecerá na Escócia, no período de 31 de outubro a 12 de novembro. Líderes mundiais estarão presentes no evento que servirá para debater sobre os tratados do Acordo de Paris e Protocolo de Kyoto, voltados para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Nas vésperas do evento, números divulgados pelo SEEG – Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa – preocupam, já que revelam o aumento expressivo do Brasil na liberação de gás carbônico, de 1,97 bilhão em 2019 para 2,16 bilhões em 2020. O maior nível de emissões em 14 anos, e o maior responsável seria o aumento do desmatamento no ano passado. Para o coordenador do Instituto Democracia e Sustentabilidade, André Lima, estes dados refletem as falhas nas políticas públicas federais.
Na contramão dos dados do SEEG, durante visita ao Amazonas nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista a uma TV local que os números do desmatamento na floresta amazônica apresentaram uma baixa, responsabilizando o fato da redução não ter sido maior por conta da não aprovação da Medida Provisória voltada a regularização fundiária na região.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, integrante da equipe brasileira na COP 26 relatou, na última quarta-feira, que a solução para as questões climáticas que afetam o mundo deve está centrada nas medidas baseadas em economia verde. De acordo com ele, o Brasil será um expoente até 2050 deste cenário, atingindo zero emissões de gases do efeito estufa.
O chefe da pasta garante que o país apresentará ações empreendedoras e sustentáveis, além de expor diversos casos reais de soluções ambientais na COP 26. A delegação brasileira na conferência não contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro e nem do vice, Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia.
Entre os líderes mundiais que confirmaram presença na COP-26 estão o presidente Joe Biden dos Estados Unidos; o primeiro-ministro Boris Johnson, do Reino Unido; a rainha Elizabeth2ª; o presidente Emannuel Macron, da França e primeiro-ministro Naftali Bennet de Israel.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Agência Brasil