A Semana do Bebê Indígena no Amazonas é realizada pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em Tabatinga para tornar a primeira infância indígena, que vai do nascimento aos seis anos de idade, como prioridade na região da Amazônia Legal Brasileira. Nesse período é necessário assegurar o direito à proteção, à saúde e à educação de qualidade.
A iniciativa começou no Polo Base Umariaçú II e se encerra nesta sexta-feira com diversas atividades, envolvendo Unicef, Distrito Sanitário do Alto Rio Solimões e Prefeitura Municipal de Tabatinga.
Neideana Ribeiro é especialista em saúde e nutrição pelo Unicef. Ela lembra que no último levantamento foi constatada uma condição de insegurança alimentar e aumento nos casos de anemia na região Norte, especialmente no Amazonas. A região de Tabatinga apresentou melhora, mas ainda precisa avançar.
As atividades da programação são presenciais com tradutor da língua ticuna e seguem a orientações de prevenção contra o coronavírus. As atividades incluem discussões de temas que integram a realidade das crianças indígenas como: doenças raras, crianças indígenas com deficiências e com atraso no desenvolvimento. Também tem atendimentos para vacinação, Triagem Neonatal, oficinas, atividades recreativas e emissão do registro civil de nascimento.
Atualmente, 95% das gestantes são acolhidas e atendidas durante o pré-natal e a cobertura vacinal para menores de cinco anos está acima de 95%. Nesta quinta-feira (28), haverá uma roda de conversa com as parteiras indígenas na atenção e acolhimento no nascimento de crianças. Neideana Ribeiro reforça a necessidade de reforço em políticas públicas integradas, mesmo após o fim da Semana do Bebê Indígena.
Tabatinga integra a edição do Selo UNICEF 2021-2024 com ações que reafirmam a necessidade de promoção, proteção e respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes.
Com informações da assessoria
Foto: Divulgação / Unicef