A suspenção pode acontecer por falta de verba. Isso foi o que relatou o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, durante participação na audiência pública realizada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na Câmara dos Deputados. No Brasil, o Ipen – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, órgão federal, produz 25 medicamentos diferentes, que representam 85% da produção nacional e correspondem a 700 mil tratamentos de câncer que utilizam medicina nuclear.

Para manter a produção, o Ipen alega que precisa da aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional, que autoriza e libera o orçamento de R$ 34,6 milhões. Isso porque o instituto adquire no Brasil apenas os insumos, mas importa radioisótopos da África do Sul, da Rússia e da Holanda. Os medicamentos produzidos atendem pacientes em radioterapia, quimioterapia, exames de diagnóstico, entre outros. O ministro alerta que apesar de ter conseguido a liberação recentemente de R$ 19 milhões a produção pode parar daqui a algumas semanas. Segundo ele, para manter a produção até o fim do ano é preciso R$ 55,1 milhões e que somente o trabalho conjunto pode resolver o problema.

Dados do Inca alertam que mais pessoas vão precisar dos medicamentos, aumentando a demanda. Estima-se que o Brasil deverá registrar 625 mil novos casos de câncer por ano no triênio 2020/2022.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

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