O estudo CovacManaus2 vai antecipar a aplicação da terceira dose para 5.100 pessoas de 18 a 49 anos, em Manaus, que fizeram parte da primeira etapa da pesquisa e mantiveram o acompanhamento.
A maioria do grupo é composto por profissionais da educação e segurança pública. Já faz seis meses que eles completaram a imunização com a CoronaVac, portanto, a proteção está reduzida, segundo os pesquisadores.
O médico infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr Marcus Lacerda explica que a troca de vacinas para a dose de reforço aumenta proteção. Ouça:
O Brasil tem autonomia na produção das vacinas CoronaVac e AstraZeneca e a pesquisa realizada em Manaus vai ser parâmetro para o futuro da imunização no Brasil, caso seja necessário manter a vacinação periódica no Plano Nacional de Imunização, conforme explica a diretora da Fiocruz Amazônia Dra. Adele Benzaken.
As doses utilizadas foram doadas pela Fiocruz. A cidade de Manaus foi escolhida para realizar essas pesquisas por ser a primeira capital do país a sofrer com os picos da pandemia de Covid-19.
Uma das preocupações é sobre a proteção contra as variantes. A variante Delta, uma das mais ameaçadoras, representa 20% das identificadas no Estado. A população só não estará protegida se não tomar as duas doses.
O CovacManaus2 é conduzido pela UEA e Fundação de Medicina Tropical. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) investiu R$ 1 milhão na pesquisa, que também conta financiamento das empresas e da prefeitura.
Quem estiver apto a ingressar no novo estudo vai receber contato para, caso aceitem realizar a dose de reforço, assinar novo termo de consentimento e agendar a vacinação, que vai acontecer na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira. Não haverá recrutamento de outros públicos.
O estudo iniciou no dia 18 de março deste ano e concluiu que 99,8% dos vacinados apresentaram anticorpos detectáveis após a 2ª dose.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar