Em um país com 35 milhões de pessoas sem água tratada, 100 milhões sem coleta de esgoto e somente 49% dos esgotos tratados, o Instituto Trata Brasil há anos produz estudos e pesquisas objetivando mostrar à sociedade e autoridades os impactos da falta de saneamento básico, sobretudo o acesso à água tratada, coleta e tratamento dos esgotos.
Dentre vários objetivos do instituto, um dos mais relevantes é avaliar os benefícios sociais trazidos pelos serviços quando chegam às comunidades mais vulneráveis. Denominado “Água e Cidadania pela Vida”, este eixo de projetos do Instituto Trata Brasil já avaliou comunidades no Nordeste, Sul e Sudeste brasileiro e, em 2021, chega a Manaus, onde recentemente o serviço de água tratada chegou a moradores habitando áreas de palafitas, becos e rip raps.
O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos explica que desta forma, o Instituto Trata Brasil fez a pesquisa contemplando áreas de palafitas, becos e rip raps dos bairros Compensa, Cachoeirinha e Redenção, para entender como a chegada da água potável alterou a qualidade de vida destas famílias.
Para 81% dos entrevistados, a saúde e a qualidade de vida mudaram para melhor depois da chegada do serviço de água potável.
Questionados quanto a frequência com que ficavam doentes, observou-se que muitos ficavam doentes mais de 3 a 4 vezes ao ano, mas que depois do acesso à água tratada esse adoecimento caiu muito. Antes dos serviços, 43% das pessoas relatavam ficar doentes uma vez ao ano e esse índice subiu a 83% após a água potável chegar às torneiras.
O Instituto Trata Brasil ouviu 1.046 moradores dos bairros Compensa, Redenção e Cachoeirinha, em Manaus, com o objetivo avaliar a qualidade de vida e condições de saúde, antes e depois da chegada do abastecimento de água tratada.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar
Foto: Bruno Zanardo/Águas de Manaus