Doação de órgãos impulsiona transplantes no Amazonas

Doar órgãos é doar vida. O técnico em logística, Everton Brito sentiu na pele a importância desse gesto de amor. Como portador de ceratocone em estágio avançado, o único tratamento eficaz era o transplante. Com a doação de um desconhecido teve a oportunidade de voltar a enxergar o mundo numa fase importante, a juventude.

Com o intuito de tornar realidade o sonho de quem está na fila esperando uma doação, o trabalho difícil e cansativo vale a pena. Este é o caso da Lívia Adnet, médica cirurgiã de transplante de córnea há 12 anos.

Em 2020, o Amazonas alcançou o primeiro lugar na região Norte quanto a captação de órgãos. Apesar da pandemia, foram 46 doações frente à 25 registros em 2019. Atualmente, o Estado realiza apenas o transplante do tecido da córnea. No primeiro semestre deste ano foram realizados 60 procedimentos deste tipo. De acordo com o coordenador da Central de Transplantes do Amazonas, Marcos Lins, o transplante renal está em fase de credenciamento para realização na capital.

Enquanto não se tem a autorização para novos procedimentos, os rins e fígados captados são ofertados à Central Nacional, para o procedimento em outros estados. As questões geográficas impedem a captação de outros órgãos, como por exemplo, coração.

Muitos são os mitos em torno da doação, como nos casos de morte encefálica. O que de acordo com Marcos Lins só atrapalha no ato de salvar vidas.

Ao morrer, uma única pessoa pode ajudar pelo menos 10 pessoas. Porém isso só pode acontecer com a autorização da família. A conscientização é o início deste caminho.

 

Durante todo o mês de setembro, a Central de Transplantes do Amazonas irá promover atividades de sensibilização e a iluminação de prédios na cor verde em alusão a doação de órgãos. A campanha deste ano tem como tema ‘Seja doador: Comunique quem você ama’.

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Rodrigo Santos/SES-AM