Está marcado para a próxima segunda-feira (23) o retorno das aulas nas redes pública e privada de forma 100% presencial na capital, conforme havia autorizado o decreto do Governo do Amazonas.

A Secretaria Municipal de Educação de Manaus confirmou o retorno para o dia 23, com os alunos nas escolas todos os dias. O Secretário Pauderney Avelino diz que a volta é para tentar reverter o prejuízo do rendimento escolar. Quase um ano e meio de pandemia causou defasagem de 4 anos no ensino.

“É muito grave a perda do rendimento escolar desses alunos durante a pandemia. A maioria das escolas tem condições de retornar com toda segurança no dia 23”, afirmou.

60 mil alunos da rede municipal ainda vão continuar as aulas de forma remota porque das 513 escolas, 80 unidades ainda não vão receber alunos por problemas estruturais.

Protocolos serão definidos 

O Sinepe (Sindicato das Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas) também confirmou o retorno, mas aguarda os protocolos da Fundação de Vigilância em Saúde

O Estado do Amazonas informou que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 ainda vai discutir o retorno e as estratégias epidemiológicos. Na reunião desta sexta-feira os especialistas devem colocar em discussão a variante Delta.

A orientação é unânime. Professores, servidores e alunos com 12 anos ou mais devem ir ao posto de saúde para tomar a primeira e ou segunda dose da vacina, continuar usando máscara, álcool gel e evitar aglomeração.

Cuidados básicos

A infectologista e pediatra Solange Dourado, da Fundação de Medicina Tropical, lembra que os adolescentes são os que mais preocupam em relação ao contágio nas escolas. “Pois eles têm o hábito de viverem em grupos, tentarem aglomerar mais, porém já foram iniciadas as imunizações. Tentamos ampliar agora o máximo possível a cobertura dessa faixa etária”.

A médica chama atenção para os cuidados individuais e a orientação aos alunos sobre a importância de cumprir as regras.

“Se nós seres humanos não deixarmos situações de vulnerabilidade para o vírus se espalhar, ele não vai conseguir ir adiante. Mas se nós criarmos essas situações, aglomerando, não usando máscaras, não cuidando da higiene das mãos, aí sim a gente está colaborando com o vírus”, disse.

Solange Dourado lembra que o retorno é importante, mas desde que seja feito em segurança com a orientação e fiscalização de pais e professores

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar