Nesta semana, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia retoma os trabalhos com foco nas investigações sobre denúncias de possíveis irregularidades e propinas na aquisição de vacinas contra a Covid-19. A previsão é que sejam realizados os depoimentos do reverendo Amilton Gomes de Paula, do sócio da Precida Medicamentos, Francisco Maximiano, e de Túlio Silveira, representante da empresa.
O primeiro a ser ouvido será o reverendo Amilton, nesta terça-feira (3). Ele é apontado por representantes da Davati Medical Supply como um “intermediador” entre o governo federal e empresas que ofertavam vacinas.
O reverendo, que é presidente de uma ONG, a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, recebeu em fevereiro autorização do Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.
Na quarta-feira (4), a expectativa é ouvir Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, e responsável por negociar a vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Barath Biotech. A defesa de Maximiano acionou o Supremo Tribunal Federal para pedir que o empresário seja autorizado a faltar ao depoimento. Segundo os advogados, ele viajou para a Índia.
De acordo com o vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), será pedida a prisão preventiva de Maximiano caso ele não retorne para prestar depoimento.
Em seguida, a CPI pretende ouvir Túlio Silveira, advogado da Precisa. O depoimento está previsto para quinta-feira (5). Amanhã, o colegiado também votará requerimentos com pedidos de convocações, quebras de sigilos, informações e audiências públicas que devem orientar a atuação do colegiado até o dia 5 de novembro, prazo final prorrogado da comissão de inquérito.
Fonte: Agência Senado
Fotos: Divulgação/Agência Senado