Após a colisão entre duas embarcações de pequeno porte na noite dessa quinta-feira (22) no rio Tarumã-Açu nas proximidades da Marina do Davi, em Manaus (AM), a Marinha do Brasil vai instaurar um Inquérito Administrativo para apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsáveis pelo acidente. O documento será encaminhado ao Tribunal Marítimo.
Uma lancha colidiu com a embarcação pequena, ainda sem modelo especificado, que afundou. Quatro pessoas estariam a bordo, duas delas sobreviveram e foram socorridas pelo Samu. Outros dois passageiros submergiram junto com a embarcação e morreram. Os corpos de Genival Rocha, condutor da embarcação, e do religioso Francisco Torres, foram encontrados no início da tarde dessa sexta-feira (23) pelo Corpo de Bombeiros, durante o trabalho de buscas.
Três tripulantes da lancha envolvida no acidente foram ouvidos no 19° Distrito Integrado de Polícia, que também vai investigar se a ocorrência foi criminosa.
Trabalhadores preocupados
O comandante de uma voadeira que transporta turistas e comunitários na Marina do Davi, Marcos Chagas, ficou preocupado após o acidente e cobra mais atenção, sobretudo no período da noite. Embora o Lago Tarumã seja uma área de trabalho para ele, para muitos é um local de lazer.
“Todo dia é uma preocupação para a gente que está no rio, porque a maioria dos donos de regal [lancha] está curtindo, não está nem aí, não presta atenção. Já escapamos de acidente, mas a gente trabalha porque depende disso, então a gente trabalha com o máximo de atenção. Todo dia é uma preocupação, se volta pra casa, se não volta, porque à noite é muito perigoso”, afirma.
Testemunhas disseram que o religioso desaparecido após o naufrágio estaria caminho da Comunidade do Abelha, na área ribeirinha de Manaus (AM), por volta de 21h.
Uma aeronave do Departamento Integrado de Operações Aéreas, da Secretaria de Segurança Pública acompanhou as buscas nessa sexta-feira.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar