Cerca de 300 trabalhadores das usinas termelétricas do bairro Aparecida, em Manaus, e Balbina, em Presidente Figueiredo, além do Complexo Termelétrico de Mauá, no bairro Mauzinho, deflagraram greve por três dias, desde essa terça-feira (15), para chamar a atenção do Senado Federal e tentar derrubar o projeto de privatização da Eletrobras.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários do Amazonas Edney Martins explicou que a medida, se aprovada, pode encarecer a conta de luz e causar demissão dos trabalhadores. “A Eletrobras, como é Estatal, ela puxa o valor da energia para baixo, o que faz com que os concorrentes cobrem um valor mais baixo. Quando a gente perder esse regulador do valor da geração de energia, todas as outras passam a cobrar um valor mais alto”, declara.
Os Senadores devem apreciar nesta quarta-feira (16) uma Medida Provisória que trata da desestatização da empresa. A sessão será realizada remotamente às 16h. A MP precisa ter o texto final apreciado até 22 de junho para não perder validade.
Em Manaus, o Sindicato afirma que, se a MP passar no Senado, a greve continua na quinta-feira. Por enquanto, os funcionários fazem revezamento em 24h de trabalho.
Veja a entrevista com o presidente do Sindicato dos Urbanitários:
Os três senadores pelo Amazonas, Omar Aziz, Eduardo Braga e Plínio Valério já se declararam contra a privatização da Eletrobras no Estado.
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Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar