Com o anúncio da Petrobras sobre o aumento do gás de cozinha quem precisou comprar um botijão nessa segunda-feira, já sentiu no bolso o reajuste. De acordo com o anúncio da Petrobras o preço médio do GLP sofreu reajuste de 5,9% nas distribuidoras para R$ 3,40 por quilograma.
Dona Almerinda Trindade, é autônoma e diz não ter condições de pagar pelos constantes aumentos do gás de cozinha. “Ninguém tem condição de ficar dando R$ 100, num botijão de gás, eu sou simplesmente uma manicure, mas eu acho um absurdo, o Governo devia fiscalizar mais e tentar diminuir o preço do botijão de gás. Desse jeito, muita gente vai cozinhar no carvão ou na lenha, porque ninguém aguenta, muita gente não está ganhando dinheiro, eu acho um absurdo e não sei onde vamos parar”, pontuou.
Segundo Wendel Ferreira, revendedor de gás na zona Centro-Sul de Manaus, é nítida a insatisfação dos clientes com os preços praticados, contudo, ele afirma que o aumento é responsabilidade do Governo Federal e que para os revendedores infelizmente, só resta repassar os reajustes ao consumidor final.
“Esse não é um aumento pontual, esse é mais um aumento de inúmeros que tiveram nos últimos meses que vem lá da Petrobras e é só um reflexo da política econômica do governo atual que deixou livre o preço do gás, e com isso, toda vez que tem um reajuste no preço do barril do petróleo, no próprio GLP no mercado externo, reflete diretamente no mercado nacional, e não tem muito o que fazer se não, repassar ao consumidor”, destacou.
Conforme a Petrobras, “os valores praticados nas refinarias são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.
Cíntia Valadares – Rádio Rio Mar
Foto: Agência Brasil