O desemprego atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Já o número de desempregados foi estimado em 14,4 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012.
De acordo com o IBGE, o resultado representa uma alta de 2,9% ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior. Em apenas um ano, o número de desempregados no país aumentou 16,9% com um acrescido de 2,1 milhões de pessoas na busca por um trabalho.
A taxa de desemprego de 14,4% é a segunda maior da série histórica da pesquisa, ficando atrás somente da registrada no trimestre encerrado em setembro de 2020.
A população que desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas, o que representa uma taxa de 5,6% da população na força de trabalho. Somados os desempregados e os desalentados, a taxa atinge 20%.
Apenas a categoria de trabalhadores por conta própria, que reúne 23,7 milhões de pessoas, apresentou crescimento na comparação com o trimestre encerrado em novembro, evidenciando a precarização e dificuldade de recuperação do mercado de trabalho. O número de brasileiros nessa categoria, porém, ainda é 3,4% menor do que o observado há 1 ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao trimestre anterior e teve queda de 11,7% contra o mesmo período de 2020.
Já o número de empregados sem carteira ficou estável em 3 meses, mas ainda é 15,9% menor frente a igual trimestre de 2020.
Fonte: IBGE
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